18 de março de 2022

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O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, informou que seu governo está tomando medidas para anular o atual contrato com a Rússia para a compra de quatro milhões de doses da vacina anti-COVID-19 Sputnik.

Segundo o presidente, a entrega foi dificultada pela invasão russa da Ucrânia.

"Não estamos comprando nenhuma vacina da Rússia porque não há como", revelou Giammattei em entrevista coletiva na quarta-feira. “Por isso estamos fazendo uma análise jurídica para a suspensão do contrato”, acrescentou.

A Guatemala havia prometido comprar quatro milhões de doses de Sputnik Light -dose única- da Rússia assim que esta vacina obtivesse autorização da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo informou em fevereiro o ministro da Saúde da Guatemala, Francisco Eat.

O presidente Giammattei também argumentou que as autoridades de saúde do país também não deram luz verde ao uso do Sputnik Light.

O contrato entre a Rússia e a Guatemala ocorreu em abril de 2021, quando foi acertada uma entrega inicial de oito milhões de doses da vacina Sputnik V (que também não tem aprovação da OMS) com o Fundo Soberano Russo (RDIF), por um valor de cerca de 79,6 milhões de dólares.

O pedido de compra era inicialmente de 16 milhões de doses de Sputnik V, mas os dois lados concordaram em cortar o pedido pela metade devido a atrasos na entrega.

Recentemente, o Ministério da Saúde da Guatemala informou a expiração de mais de um milhão de vacinas fabricadas na Rússia, avaliado em 11,2 milhões de dólares. De acordo com Francisco Coma, ministro da Saúde, um dos principais motivos para a perda do medicamento foi a recusa da população em se vacinar e o medo da vacina.

A Guatemala, com quase 17 milhões de habitantes, registrou até agora 809.586 casos de COVID-19, incluindo 17.178 mortes.

Fontes