27 de dezembro de 2020

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O Grupo Alibaba - que entre outros é dono do Aliexpress, site onde os brasileiros faziam compras antes da elevação do dólar nos últimos anos - está sendo investigado por autoridades chinesas por suspeita de monopólio. O Ant Group está sendo investigado pelo mesmo motivo.

A Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China abriu uma investigação por suspeita de "duas opções" e outros comportamentos monopolista do Alibaba. "Escolha um entre dois" significa que as plataformas de compras online do grupo tiravam proveito do mercado ao exigirem que os comerciantes desistissem de realizar negócios com oponentes ao assinar acordos de cooperação. A Ali respondeu que recebeu a notificação sobre a investigação e que iria cooperar ativamente as autoridades.

Além disso, as quatro principais agências reguladoras da China, chefiadas pelo Banco Popular da China, investigaram o Ant Group, do qual o Ali possui ações, pela segunda vez para instá-lo a implementar a supervisão financeira. O Ant Group afirmou analisará a situação e cumprirá estritamente os requisitos das agências reguladoras.

A reunião da cúpula do Comitê Central do PCC (Partido Cumunista Chinês) mencionou a regulamentação antimonopólio pela primeira vez. Desde então, a Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China multou o Alibaba e o China Read Group em 500.000 yuans cada de acordo com a Lei Antimonopólio chinesa.

No início desta semana, a China anunciou uma nova regra "nove não" para compras em grupo, proibindo o abuso de preços e o monopólio.

Briga de gigantes

Segundo analistas, o que pode estar por trás da intervenção é, na verdade, uma proteção aos bancos estatais chineses - leia-se o Estado Chinês, ou seja, as autoridades comunistas, o que inclui o presidente Xi Jinping - já que o Ant Group, uma fintech, estaria ocupando uma parcela do mercado antes pertencente aos bancos.

Outro motivo, no entanto, pode ser bem mais pessoal - e político - e indispôs o dono do Alibaba, o bilionário Jack Ma, com o Jinping e o PCC, que o veem como uma ameaça ao poder, ainda mais depois dele, que já foi considerado o "exemplo mundial do sistema econômico chinês" - e portanto, homem de grande influência no país - ter feito críticas públicas ao "sistema regulatório chinês ".


Fontes

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