Governo e Renamo sem acordo sobre desmobilização dos militares do partido da oposição
Os dois lados não se entendem sobre como fazer a desmobilização dos militares da RENAMO.
17 de novembro de 2014
A 85ª ronda do diálogo político entre o Governo e a RENAMO, que teve lugar hoje, 17, em Maputo, terminou sem consenso quanto ao modelo de integração das forças residuais da RENAMO nas Forças de Defesa e Segurança (FDS), no âmbito do acordo de cessação das hostilidades.
O chefe da delegação do Governo, José Pacheco, disse não se tratar de divergências, como tais, mas sim problemas de interpretação dos dispositivos referentes a integração das forças residuais da RENAMO.
Para uma integração correcta, o Governo continua a privilegiar a entrega de uma lista exaustiva dos militares da RENAMO beneficiários deste processo, de acordo com a patente que cada um ostenta.
Por seu lado, o chefe da delegação da Renamo no diálogo, Saimone Macuiane, afirmou que o seu partido exige que ao nível das FDS haja uma partilha de responsabilidades no comando. “Ou seja, onde o Comandante vem da parte do Governo, o vice deve vir da RENAMO e vice-versa. O mesmo teve acontecer em relação à polícia”, explicou Manuiane.
Na Força de Intervenção Rápida (FIR) e na Guarda-Fronteira, dise Macuiane, a RENAMO defende uma partilha de efectivos, por isso ainda não há consenso quanto a forma de integração.
Entretanto, na ronda desta segunda-feira, as partes analisaram o trabalho realizado pelos peritos militares durante a semana e examinaram o processo de integração e, segundo Pacheco, constatou-se haver avanços na procura de formas para confortar a RENAMO e que o trabalho prossegue a bom ritmo.
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