3 de dezembro de 2020

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Ontem (2 de dezembro), o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, explicou que o governo do Brasil se opõe à proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de retirar a cannabis da lista de substâncias psicotrópicas consideradas mais perigosas.

O Brasil votou contra as recomendações da OMS sobre cannabis na 63ª sessão da ONU em Viena, Áustria, ontem. Na votação, no entanto, a maioria dos países decidiu manter a maconha fora da lista.

“O Brasil reafirmou nessa reunião do comitê de entorpecentes da ONU que a posição brasileira é coerente com a maioria dos países do mundo no sentido de não fazer nenhuma flexibilização para a plantação ou o uso da maconha fora da utilização do cannabidiol, fora dos componentes médicos e doenças onde há flexibilidade para o uso desse produto e há uma ação efetiva desse produto”, explicou o ministro.

“Qualquer afrouxamento no controle desse tipo de substância, ele vai, obviamente, piorar o quadro de uso recreativo desse tipo de produto e que terá consequências devastadoras para toda a sociedade brasileira”, acrescentou.

Uso medicinal

Lorenzoni disse que o Brasil mantém a posição em relação ao uso medicinal do produto.

“O Brasil já autorizou para que se possa adquirir esse produto, possa ser processado e elaborado nas diversas apresentações aqui dentro do território brasileiro e possa ser disponibilizado para aqueles pacientes que, eventualmente, possam se beneficiar”, ressalta.

Segundo ele, “há um movimento muito claro de tentar fazer com que a maconha possa ser cada vez mais flexibilizada para que ela seja plantada sem nenhum controle. E isso o Governo do Presidente Bolsonaro não vai permitir, porque temos que proteger a sociedade brasileira do uso dessa droga”.

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