17 de setembro de 2024

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Modelo de pager

O ministro da saúde do Líbano disse que pelo menos nove pessoas foram mortas e mais de 2.800 ficaram feridas quando pagers usados por membros do Hezbollah explodiram na terça-feira em uma operação atribuída a Israel.

Ambulâncias correram pelas ruas e a Cruz Vermelha libanesa apelou a médicos e enfermeiros para virem ao hospital e a civis para doarem sangue. Autoridades Libanesas disseram que as mortes e um grande número de feridos foram causados quando os pagers explodiram e pediram ao público que não usasse nenhum pager em sua posse.

O Hezbollah libanês emitiu um comunicado na terça-feira culpando Israel pelas explosões, que não comentou oficialmente.

Pelo menos dois membros do Hezbollah foram mortos. O Ministro da saúde do Líbano, Firass Abiad, disse que uma menina também foi morta.

Analistas israelenses disseram que foi a maior violação de segurança que o Hezbollah sofreu desde que a guerra com Israel começou há quase um ano e mostraram as capacidades de inteligência de Israel contra o Hezbollah.

Segundo a imprensa libanesa, os pagers eram relativamente novos e tinham sido entregues aos agentes do Hezbollah nos últimos meses. Eles estavam usando pagers Para se comunicar, pois Israel é capaz de rastrear e registrar telefones celulares.

O alegado ataque israelita aumentou ainda mais as tensões entre Israel e o Líbano. Autoridades locais perto da fronteira com Israel pediram aos moradores que fiquem perto de abrigos antiaéreos, temendo uma resposta do Hezbollah.

Na terça-feira, Israel anunciou a expansão de sua guerra contra o Hamas em Gaza para incluir o objetivo de possibilitar que os residentes do Norte de Israel retornem às casas que evacuaram devido a confrontos com o Hezbollah ao longo da fronteira Israel-Líbano. Mais de 100.000 fugiram para o lado Libanês da fronteira.

Até agora, os combates se concentraram em Gaza, onde o Ministério da saúde afiliado ao Hamas diz que mais de 41.000 foram mortos, um número de mortos que Israel diz incluir 17.000 combatentes militantes.

Mas o foco parece estar mudando para o Líbano, com algumas autoridades israelenses pedindo uma campanha terrestre para retirar o Hezbollah da fronteira e permitir que os cidadãos israelenses voltem para casa.

O Hezbollah disse que cessaria seus ataques se houvesse um acordo para um cessar-fogo em Gaza entre Israel e o grupo terrorista Hamas, designado pelos EUA. Esse acordo parecia fechado há algumas semanas, mas ambos os lados endureceram suas posições.

O ministro das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, disse que as negociações continuam.

"Quando se trata da possibilidade de um acordo acontecer em breve, é claro que continuamos esperançosos em todos os momentos, e estamos conduzindo todas as comunicações que podemos durante o tempo atual. Portanto, não posso comentar as perspectivas de um acordo que está a acontecer neste momento, mas posso dizer-vos que continuamos esperançosos e continuamos com os nossos esforços", afirmou.

Fontes

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