31 de julho de 2024

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O grupo Hezbollah, com sede no Líbano, disse na quarta-feira que estava procurando o corpo do seu proncipal comandante depois que Israel disse que o matou em um ataque aéreo em Beirute.

Um comunicado do Hezbollah disse que Fouad Shukur estava no prédio que as forças israelenses atacaram na terça-feira.

Israel disse que Shukur foi responsável por um ataque aéreo no sábado que matou 12 crianças que jogavam em um campo de futebol nas Colinas de Golã ocupadas por Israel.

“Esta noite, as [Forças de Defesa de Israel] conduziram uma operação precisa e profissional para eliminar o comandante militar mais graduado do Hezbollah”, disse o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant. “Esta noite, mostrámos que o sangue do nosso povo tem um preço e que não há lugar fora do alcance das nossas forças para este fim.”

Acredita-se que Shukur seja o conselheiro militar do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e há muito atua na organização terrorista designada pelos EUA.

Os Estados Unidos o sancionaram em 2015 e ele era procurado pelos EUA por seu suposto papel no bombardeio de 1983 ao quartel dos fuzileiros navais dos EUA em Beirute.

A agência de notícias estatal libanesa disse que o ataque israelense teve como alvo a área próxima ao Conselho Shura do Hezbollah, no bairro de Haret Hreik, na capital.

O ministério da saúde pública do Líbano disse que o ataque feriu 74 pessoas.

As Nações Unidas expressaram “grave preocupação com os ataques das Forças de Defesa de Israel nos subúrbios densamente povoados do sul de Beirute”.

“Enquanto aguardamos mais clareza sobre as circunstâncias, instamos novamente as partes a exercerem a máxima contenção e apelamos a todos os envolvidos para evitarem qualquer nova escalada”, disse Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, num comunicado.

Israel e os Estados Unidos culparam o Hezbollah pelo ataque de sábado à aldeia drusa de Majdal Shams, nas Colinas de Golã ocupadas por Israel, embora o Hezbollah tenha negado a responsabilidade.

Israel e o Hezbollah trocaram ataques através da fronteira desde o início da guerra em Gaza, em outubro passado. O Hezbollah disse que está a agir em solidariedade com o Hamas, a mesma motivação citada pelos militantes Houthi baseados no Iémen que passaram meses perturbando a principal rota marítima do Mar Vermelho com ataques a navios. Todos os três grupos são apoiados pelo Irão.

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