Agência VOA

31 de julho de 2017

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As autoridades dos Estados Unidos estão a pretender em impor sanções econômicas contra a Venezuela, em resposta à votação da Assembleia Constituinte que aconteceu no domingo (30 de Julho), que foi marcada pela violência e boicote feito pela oposição, em que só participaram os partidários do governo venezuelano. A informação é da reportagem publicada pela Reuters.

O governo do presidente americano Donald Trump (que já classificou ontem a votação da Assembleia Constituinte de uma "fraude") pretende impor sanções ao vital sector de petróleo no país contra a endividada estatal PDVSA e as autoridades venezuelanas de primeiro escalão do país sul-americano liderado por Nicolás Maduro.

As autoridades, que falaram sob condição de anonimato à Reuters, afirmam que as medidas podem ser anunciadas já nesta segunda-feira (31): bloquear a venda do petróleo norte-americano mais leve que a Venezuela mistura com seu petróleo mais pesado e depois exporta, mas não inclui uma proibição ao envio de petróleo venezuelano aos EUA (uma das opções mais extremas) e que o governo do país poderá visar contra outras autoridades venezuelanas de primeiro escalão.

Histórico

Na semana passada, Washington advertiu a Caracas que haverá novas sanções contra seu país, caso siga com as eleições para eleger os 545 membros da Assembléia Constituinte, que vai redigir a nova Constituição e substituir membros do Parlamento venezuelano dominado pela oposição. Como advertência ao governo, Donald Trump impôs sanções econômicas a 13 figuras do país, que foram proibidos de fazer negócios com os EUA.

O presidente do país, Nicolás Maduro prometeu que a nova Assembleia vai restaurar a paz na Venezuela, mas os seus críticos afirmam que apenas os apoiantes dele foram candidatos e o acusam como pretexto de se tornar um ditador.

A Venezuela tem maiores taxas de inflação e de homicídio do mundo, escassez de produtos básicos da população (alimentos e remédios) e de imigração em massa a outros países (principalmente para os vizinhos do Brasil e Colômbia).

Fontes