31 de maio de 2021

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Parlamentares, dirigentes e esportistas pediram nesta segunda-feira (31) mais visibilidade e incentivos aos atletas surdos. O tema foi debatido em audiência da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados.

Três vezes campeã brasileira, a judoca Marcele Jordão pediu aos deputados que aprovem o pedido de urgência para a proposta (PL 330/20) que inclui os surdos entre os beneficiários do Bolsa Atleta.

“Como que eu faço? Não recebi auxílio, então tenho de trabalhar em outros serviços para me sustentar e isso atrapalha meu desenvolvimento como atleta. Muitos esportistas como eu desistiram, não participam mais de competições porque tiveram que pagar do próprio bolso”, relatou Marcele, que já integrou a equipe nacional em duas Surdolimpíadas (2013 e 2017).

Surdolimpíada

As Surdolimpíadas são um evento multidesportivo internacional, organizado pelo Comitê Internacional de Desportos de Surdos. No período de 1924 a 1965, o evento era conhecido como Jogos Internacionais Silenciosos. De 1966 a 1999, foram denominados Jogos Mundiais Silenciosos. Desde 2000, adota-se o nome Surdolimpíadas.

O Brasil será sede da próxima edição do evento no ano que vem, na cidade de Caxias do Sul (RS). A expectativa é reunir mais de quatro mil surdoatletas, representando mais de cem países, distribuídos em vinte e uma modalidades.

O diretor de Esportes da Confederação Brasileira Desportiva de Surdos (CDBS), Igor Valério, que fez a sua exposição com o auxílio de uma vocalizadora, destacou a importância da entidade nacional.

“Nós somos 20 federações, 120 associações e uma população extremamente grande e que precisa estar inserida nas políticas públicas do esporte”, apontou. “Temos cerca de cinco mil atletas, distribuídos em 27 modalidades”.

Fontes