26 de maio de 2021

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25 de maio foi o Dia Nacional da Adoção e, para marcar a data, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realizou reunião virtual com entidades e órgãos do governo ligados à proteção dos direitos de crianças e adolescentes.

O representante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), André Tuma Ferreira, defendeu rapidez no acolhimento das crianças, mesmo com varas sobrecarregadas. “É necessário que a gente entenda que, por trás dessas pilhas de processos, existem vidas que estão em jogo, existem crianças que querem uma família e, mais que isso, elas têm direito a uma família. Então, o sistema de Justiça deve se comprometer com isso, deve atuar para que isso aconteça da maneira mais rápida possível”, disse.

A secretária nacional da Família, Ângela Gandra, afirmou que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos trabalha em conjunto com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para garantir um processo célere na adoção, mas com segurança jurídica. Segundo ela, é preciso trabalhar para colocar em contato famílias e crianças aptas à adoção no Brasil.

Atualmente, existem 35 mil crianças acolhidas em instituições ou famílias temporárias; deste total, cinco mil já estão aptas para adoção.

Devoluções

A presidente da Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção, Sara Vargas, destacou que os grupos trabalham com o preparo dos pais e o acompanhamento das famílias após a adoção. Ela informou que a presença desses grupos garante melhores índices de sucesso na permanência das crianças com as famílias, evitando a devoluções para os abrigos.

“A devolução é caótica para a criança e também traz sofrimento para a família. Essa criança, que já sofreu tantas rupturas, não tem estrutura, vai se sentindo cada vez menor, menos importante, com menos valor e sua perspectiva de futuro vai sendo cada vez mais negativa”, relatou.

Fontes