24 de setembro de 2020

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A União Europeia (UE - em inglês European Union-EU) emitiu uma declaração hoje sobre a posse do presidente Aleksandr Lukashenko em Belarus ontem, através da qual anunciou que "as eleições presidenciais de 9 de agosto na Bielorrússia não foram livres nem justas" (...) e que "não reconhece os seus resultados", que chamou de "falsificados". No final do documento, a entidade também declara que "à luz da situação atual, a UE está a rever as suas relações com a Bielorrússia".

Lukashenko foi empossando ontem, numa cerimônia secreta - ela não havia sido previamente anunciada - na tentativa de evitar que protestos acontecessem próximo ao local do evento, em Minsk. Segundo analistas, a posse secreta comprova que Lukashenko não está confortável com a fraude na eleição e sabe que os protestos ameaçam seu poder. Ele é presidente do país desde 1994, sendo constantemente reeleito, e é chamado de "o último tirano da Europa".

Desde as eleições, sua principal concorrente, Sviatlana Tsikhanouskaia, teve que se exilar após ser perseguida e ameaçada, e outros oponentes, além de centenas de manifestantes, foram presos. Além disto, os protestos no país acontecem quase diariamente, sob forte repressão policial. Na capital do país, Minsk, as manifestações chegaram a reunir cerca de 200 mil pessoas.

Leia a declaração da UE na íntegra aqui (em inglês).

Referência

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