11 de março de 2022

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O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou na quinta-feira que implementará onze medidas para aliviar a crise econômica que já atinge este pequeno país centro-americano e que se acentuou com a invasão russa da Ucrânia.

Nas últimas semanas, os salvadorenhos denunciaram o aumento do preço dos combustíveis e da cesta básica e pediram que fossem tomadas medidas para evitar que a situação se agravasse ainda mais.

Em mensagem na rádio e televisão estatais, Bukele afirmou que “a crise econômica causada por tudo o que resta da pandemia de COVID-19 é exacerbada pelo conflito que está ocorrendo atualmente entre Rússia, Ucrânia e OTAN”.

O presidente disse que o seu governo vai implementar durante três meses em que será eliminada a cobrança de dois impostos sobre os combustíveis, o que equivale a uma redução de 0,16 e 0,10 cêntimos por galão, respectivamente. O dinheiro arrecadado com essas duas taxas foi usado para pagar as pensões dos veteranos de guerra e o subsídio para o transporte coletivo.

Além disso, as tarifas de importação de 20 produtos, incluindo cereais, óleos, frutas e legumes, serão abolidas por um ano.

O presidente reconheceu que, devido à pandemia, a crise da cadeia de abastecimento aumentou no ano passado e todos os produtos subiram de preço, e garantiu que “este ano tivemos a inflação mais alta em décadas”.

Em sua análise, Bukele enfatizou que a crise que El Salvador enfrenta não tem origem no país, mas é global e é agravada pelo conflito na Ucrânia. “Não estamos em guerra, não temos nada a ver com a guerra, mas vamos ter que pagar por isso”, disse.

Segundo o presidente, “o conflito entre Rússia, Ucrânia e OTAN” afeta o preço do petróleo, energia, gás natural, gás propano e fertilizantes e, com isso, o preço de alguns alimentos.

Ele ressaltou que a situação é tão difícil que “os Estados Unidos tiveram que ir à Venezuela em busca de petróleo. Sendo um dos países mais poderosos do mundo, teve que buscar ajuda de seu inimigo. O que nos resta?”

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