30 de maio de 2022

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A prorrogação do regime de emergência pelo terceiro mês consecutivo como meio de combate à insegurança marcará o terceiro ano de governo que o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, cumprirá na quarta-feira, 1º de junho.

Entre 77% e 80% da população apoia a medida, segundo os resultados de duas pesquisas apresentadas por duas universidades privadas.

No entanto, Laura Andrade, diretora do Instituto de Pesquisa de Opinião Pública da Universidade Centro-Americana, acredita que após a prorrogação, o governo terá que definir ações futuras.

“É importante que as autoridades mostrem aos cidadãos uma rota clara do que vem a seguir, tendo em conta que este é um mecanismo excecional que a Constituição da República contempla.”

A polícia informa que até agora o Regime de Exceção fez mais de 35.000 prisões, incluindo membros de gangues e seus colaboradores, mas organizações de direitos humanos apontam que existem centenas de casos em que os detidos não estão vinculados a estruturas criminosas.

Só no primeiro mês do regime de emergência, a Ouvidoria de Direitos Humanos recebeu mais de 700 denúncias.

“Já existem algumas reclamações sobre pessoas que morreram. O que ainda não se sabe é a origem, a causa, os motivos ou quem poderia ser responsável por isso. A verdade é que estamos fazendo a investigação”, explicou o advogado Apolonio Tobar.

Fontes