4 de novembro de 2020

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Os Estados Unidos saíram formalmente do Acordo de Paris nesta quarta-feira, cumprindo uma promessa de anos do presidente Donald Trump de retirar o segundo maior emissor de gases do efeito estufa do pacto global de combate às mudanças climáticas.

Mas o resultado da acirrada votação presidencial americana determinará por quanto tempo será a retirada. O rival democrata de Trump, Joe Biden, prometeu voltar ao acordo se eleito.

"A retirada dos EUA deixará uma lacuna no nosso regime e nos esforços globais para atingir os objetivos e ambições do Acordo de Paris", disse Patricia Espinosa, secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças do Clima (UNFCCC).

Os Estados Unidos ainda são parte da UNFCCC. Espinosa disse que o órgão estará "pronto para ajudar os Estados Unidos em qualquer esforço para voltar a aderir ao Acordo de Paris".

Trump anunciou pela primeira vez a sua intenção de retirar os Estados Unidos do pacto em junho de 2017, argumentando que o mesmo prejudicaria a economia americana. Mas ele não conseguiu fazê-lo formalmente até agora devido aos requisitos do Acordo.

Os Estados Unidos são o único país de 197 signatários a se retirar do Acordo de 2015. O governo de Barack Obama havia se comprometido a cortar as emissões de gás de efeito de estufa em 26-28%, tendo como base níveis de 2005.

Espera-se que Biden aumente essas metas se eleito. Ele prometeu atingir zero emissões líquidas zero até 2050 sob um amplo plano dois trilhões de dólares para transformar a economia.

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