14 de junho de 2022

Daniel Ortega 2014
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O Departamento de Estado dos Estados Unidos restringiu na segunda-feira os vistos de quase uma centena de funcionários do governo de Daniel Ortega na Nicarágua.

As medidas, relatadas pelo Ministério das Relações Exteriores, estão focadas em "impor restrições de visto a outras 93 pessoas que se acredita terem prejudicado a democracia após a reeleição ilegítima de Daniel Ortega em novembro de 2021, incluindo juízes, promotores, membros da Assembleia Nacional e funcionários do Ministério do Interior".

O governo Ortega prendeu e sentenciou à prisão candidatos presidenciais, jornalistas e ativistas da sociedade civil, bem como empreendeu o fechamento de inúmeras organizações não governamentais, sob a nova Lei de Agentes Estrangeiros.

“Juízes e promotores alinhados ao regime compartilham cumplicidade nos esforços do regime Ortega-Murillo para minar a democracia por meio de sua participação nos julgamentos e condenações de líderes da oposição, defensores dos direitos humanos, líderes da indústria e defensores dos estudantes”, disse o comunicado.

A mais recente ação de censura do governo sandinista foi em 2 de junho, quando encerrou 96 ONGs em um único dia, superando assim seu próprio recorde, que eleva as organizações proibidas desde 2018 para quase 500.

Entre os cancelamentos mais notórios destaca-se o da Academia Nicaraguense de Línguas, fundada há quase um século e que nessa mesma semana cancelou as licenças de outras 83 organizações.

O principal assessor do presidente Joe Biden para assuntos regionais, Juan González, disse na sexta-feira, nos momentos finais da IX Cúpula das Américas, que está contemplando a exclusão do governo de Manágua do Acordo de Livre Comércio, conhecido como CAFTA, em resposta aos anúncios feitos por Ortega para permitir a entrada de tropas russas em território nicaraguense.

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