16 de março de 2021

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O Presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris vão esta semana deslocar-se a várias partes dos Estados Unidos para explicarem o pacote de ajuda e incentivo económico de quase dois triliões de dólares aprovado pelo Congresso americano.

É um pacote de ajuda que está ser visto por muitos analistas como muito mais do que um programa para colmatar a queda económica registada devido à pandemia do coronavírus mas sim também um pacote de grandes reformas de assistência social que lança as bases para uma reforma desse tipo de assistência nos Estados Unidos.

Por exemplo, o programa inclui ajuda monetária a famílias com crianças, de acordo com o número de filhos algo que muitos esperam seja o princípio de um programa permanente como existe em muitos países europeus.

Mas há muitos, não só entre críticos conservadores mas mesmo entre alguns economistas ligados ao Partido Democrata de Joe Biden, que receiam que esta infusão de grande quantidade de dinheiro na economia venha a causar inflação.

Janet Yellin a secretária do Tesouro do governo de Biden não concorda, afirmando que “há um pequeno risco e penso que é controlável”.

“Os preços caíram muito na primavera passada quando a pandemia surgiu”, disse Yellen reconhecendo depois esperar que “alguns desses preços subam de novo à medida qua economia recupera esta primavera e verão.

“Mas isso é uma movimentação temporária nos preços e ter uma inflação grande como nos anos de 1970 é algo que eu absolutamente não espero”, disse a secretária do Tesouro para quem as autoridades financeiras têm “previsões de inflação muito bem calculadas e o banco central, o Federal Reserve aprendeu como lidar com a inflação”.

“Não penso que (a inflação) seja um risco significativo e se se materializar certamente que estaremos a monitorar e temos os instrumentos para fazer face a isso”, disse Yellin que na sua entrevista à cadeia de televisão ABC disse também não estar preocupada com o aumento da dívida dos Estados Unidos.

Para a secretária do Tesouro há que prestar atenção aos juros e não à dívida que, segundo disse, deverão permanecer baixos nos países desenvolvidos devido ao que disse serem “mudanças estruturais”.

A longo prazo, disse ela no entanto, terá que se controlar o déficit para assegurar a sustentabilidade da situação fiscal.

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