11 de março de 2021

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O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e antigo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira anunciou o seu regresso ao país na sexta-feira, 12, um ano após ter deixado a Guiné-Bissau.

O anúncio foi feito próprio Simões Pereira num vídeo partilhado na página do partido no Facebook, no qual afirma estar “motivado e preparado” para reassumir as suas responsabilidades.

Sem referências ao Governo, ele centrou a sua mensagem nos militantes do partido.

“Enquanto presidente do PAIGC, vou estar à disposição dos dirigentes e militantes para não sobrar nenhum grão de areia debaixo de tapete. Tudo aquilo que acharem que é o problema, coloquem-no para discutirmos e encontrar a solução para podermos sair limpos e que o povo saiba que nós é que estamos a reclamar ser continuadores da obra de Amílcar Cabral e de termos a responsabilidade de resgatar o país das mãos dos malfeitores”, assegurou e acrescentou que vai assumir o seu lugar de deputado.

“Chegou o dia de regressar à Guiné-Bissau. É sexta-feira no dia 12”, sublinhou o presidente do partido mais votado nas eleições de 2019 que pediu aos seus apoiantes que se deslocarão ao aeroporto para o receber que respeitem as regras de prevencão da Covid-19, como o uso de máscaras, uso de álcool gel e distanciamento físico.

“Fiquem ao longo da avenida Combatentes da Liberdade da Pátria que liga o aeroporto à sede nacional do PAIGC, isso vai permitir acenarmo-nos à distância, permitindo que não corramos riscos de contaminação”, pediu.

Domingos Simões Pereira deixou o país há mais de um ano e tem sido um crítico do Presidente Úmaro Sissoco Embaló e da forma como ele se autoproclamou Chefe de Estado, antes de o Supremo Tribunal de Justiça se pronunciar sobre um último recurso apresentado pelo PAIGC contra os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições que deram a vitória a Sissoco.

Há alguns meses, a Procuradoria-Geral da República enviou à Interpol um pedido de caputura internacional de Simões Pereira, por alegados crimes de corrupão, que foi rejeitado pela rede mundial de polícias.

Fontes