19 de fevereiro de 2021

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Daniel Silveira em 2020

Deputados que participaram da reunião de líderes com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na quinta-feira (18), criticaram a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a prisão em flagrante do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) por supostas agressões à Corte por meio de um vídeo postado na internet. Os parlamentares, no entanto, também avaliaram que Silveira se excedeu.

O deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), que representou o partido na reunião, afirmou que, apesar das críticas, 13 dos 17 líderes presentes no encontro manifestaram-se a favor da manutenção da prisão do parlamentar. Segundo ele, o STF não seguiu o que está definido na Constituição, mas o entedimento é de que Silveira ultrapassou todos os limites.

“Não apenas em destratar a imagem dos ministros do STF, como em falar em AI-5, ditadura, golpe. A gente lamenta que o Parlamento, que é a Casa do povo, tenha alguém para fazer o que o deputado fez”, disse Patriota.

Para o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), que representou o partido no encontro com Lira, a decisão do STF foi ilegal e inconstitucional. Ele defendeu que Daniel Silveira seja julgado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

“A suspensão é algo que o Conselho de Ética tem que avaliar, houve manifestações inapropriadas, e cada deputado precisa ser responsável pelo que fala. O que não pode é a imunidade parlamentar ser sacrificada por outro Poder nem tampouco que outro Poder aja para atacar a democracia”, afirmou.

A Câmara realizará nesta sexta-feira (19), às 17 horas, sessão deliberativa do Plenário para apreciar a medida cautelar do STF contra Daniel Silveira. Na terça-feira (23), haverá reunião do Conselho de Ética para iniciar a análise de representação contra o parlamentar.

Daniel Silveira foi preso em flagrante pela Polícia Federal na noite de terça-feira (16) no âmbito de inquérito no STF que investiga notícias falsas. Ele gravou e divulgou vídeo em que faz críticas aos ministros do Supremo e defende o Ato Institucional nº 5 (AI-5).

Fontes