5 de maio de 2021

Daniel Silveira
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O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) voltou a negar que tenha gravado ilegalmente reunião privada da liderança de seu partido realizada na Câmara dos Deputados em 16 de outubro de 2019. O parlamentar responde a processo (Rep 17/19) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, acusado pelo próprio PSL de ter feito a gravação.

Na reunião gravada foi discutida a permanência ou não do deputado Delegado Waldir (PSL-GO) no cargo de líder do partido ou a passagem da liderança para o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Nesta terça-feira (4), três deputados do PSL também negaram responsabilidade de Silveira no caso. Luiz Lima (PSL-RJ), Carlos Jordy (PSL-RJ) e Filipe Barros (PSL-PR) foram ouvidos como testemunhas de defesa pelo relator do processo, deputado Alexandre Leite (DEM-SP).

Um dos principais argumentos é que não se tratou de uma reunião privada. Luiz Lima, por exemplo, disse ter se tratado de uma conversa que ele teve com Delegado Waldir, para quem foi explicar que apoiaria Eduardo Bolsonaro na disputa pela liderança.

“Não posso precisar se o Daniel gravou ou não, porque naquele momento eu não sei de onde partiu essa gravação. Daniel estava comigo, ao meu lado, eu falando com Delegado Waldir. Outros deputados também falaram nesse encontro”, afirmou Lima.

O deputado Carlos Jordy também negou o caráter sigiloso do encontro, ainda que não tenha estado presente. “Não há que se falar em crime, já que é uma reunião feita por deputados, uma reunião normal para falar de questões partidárias. Se houve ali uma reunião pessoal por parte do Delegado Waldir, ele deveria ter escolhido outro local e não a sala de reuniões da liderança do partido”, criticou.

Daniel Silveira, que está em prisão domiciliar e falou ao Conselho de Ética por videoconferência, reforçou que não se tratava de uma reunião. “Tampouco se pode arguir que era uma reunião fechada, não se tratava disso. O que aconteceu de fato foi um encontro com deputados e duas assessoras, as portas abertas. Essa gravação chegou a mim por mão de uma terceira pessoa”, disse o representado.

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