13 de dezembro de 2020
Uma dura lei real de difamação na Tailândia deve ser revogada em vez de usada contra um jovem movimento pró-democracia, disseram à Voz da América (VOA) manifestantes, estudiosos da lei e defensores dos direitos, enquanto apelos crescem à comunidade internacional para condenar uma seção do código penal que sufoca as críticas à monarquia.
O reino, a segunda maior economia do Sudeste Asiático e uma nação estrategicamente central cortejada tanto pelos Estados Unidos quanto pela China, está preso em uma crise política, o último capítulo de uma história recente definida por golpes, governos civis abortados e rivais protestos de rua.
O papel do palácio, encabeçado pelo rei Maha Vajiralongkorn - segundo algumas estimativas, o monarca mais rico do mundo - foi empurrado para o centro das demandas dos manifestantes por reformas abrangentes em um reino onde o exército arqui-monarquista influencia profundamente a política.
Meses de protestos pedindo o fim do governo do ex-chefe do exército Prayuth Chan-ocha e uma nova constituição para tirar os militares do poder, entraram no perigoso terreno da reforma da monarquia.
As autoridades dizem que alguns manifestantes cruzaram o limiar da ampla seção 112 da lei de lese majeste, que prevê uma pena de prisão de três a 15 anos para cada acusação de “difamar, insultar ou ameaçar” a família real.
A Tailândia é oficialmente uma monarquia constitucional desde 1932. Os manifestantes, que em grande parte foram pacíficos ao longo de meses de manifestações turbulentas e criativas, querem que o palácio seja limitado pela constituição e quebre seus laços com o exército.
Fontes
- ((en)) Críticas crescem contra a lei real de difamação da Tailândia — Voz da América, 12 de dezembro de 2020
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