21 de março de 2021

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Um estudo da OMS e parceiros, publicado no Lancet Eclinical Medicine, mostrou que separar recém-nascidos com baixo peso ou prematuros de suas mães pode levar à morte mais de 125.000 bebês.

"A pandemia de covid-19 está afetando seriamente a qualidade do atendimento prestado a recém-nascidos pequenos e doentes, resultando em sofrimento e mortes desnecessárias", alertou a OMS em seu website.

A preocupação da Organização está principalmente com a proibição do uso da técnica "mãe canguru", que envolve contato próximo entre um dos pais, geralmente a mãe, e o bebê (saiba mais aqui).

Queen Dube, Diretora de Saúde do Ministério da Saúde do Malawi, e uma das participantes do estudo, disse que "o cuidado mãe canguru está entre as melhores intervenções para melhorar as chances de sobrevivência de um bebê prematuro ou com baixo peso ao nascer, especialmente em países de baixa renda”, que são justamente os que mais preocupam a OMS, pois é onde ocorre o maior número de nascimentos prematuros e mortes infantis.

Dr. Anshu Banerjee, Diretor do Maternal, Saúde do Recém-Nascido, Criança e Adolescente e Envelhecimento na OMS disse que os bebês mais vulneráveis têm o "direito de contato" com seus pais e que isto pode ser vital para eles.

A OMS recomenda que as mães continuem dividindo o quarto com seus bebês desde o nascimento e sejam capazes de amamentar e praticar o contato pele a pele, mesmo quando houver suspeita ou confirmação de covid, devendo então ser tomadas as medidas protetivas, como o uso de máscaras adequadas.

Segundo a Organização, 15 milhões de bebês nascem prematuros (antes das 37 semanas) e 21 milhões nascem com baixo peso (menos de 2,5 kg) a cada ano no mundo, sendo que esses bebês enfrentam riscos significativos à saúde, incluindo deficiências, atrasos no desenvolvimento e infecções, enquanto as complicações relacionadas à prematuridade são as principais causas de morte de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos.

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