6 de maio de 2021

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O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) anunciou que o governo da Rússia concedeu hoje o registro de uso para a vacina Sputnik Light. A vacina é composta por um vetor adenoviral humano recombinante chamado rAd26.

Segundo o Fundo, a vacina, que prevê a aplicação de apenas uma dose, tem 79,4% de eficácia a partir do 28º dia após a imunização. "A Sputnik Light provou ser eficaz contra todas as novas cepas de coronavírus, conforme demonstrado pelo Gamaleya Center durante os testes de laboratório", diz o cumunicado no website Sputnik V.

Os dados foram obtidos após testes de Fase 1 e 2, quando um número relativamente pequeno de pessoas é testado.

A Fase 3 ainda está em andamento, com 7 mil pessoas da Rússia, Emirados Árabes Unidos, Gana e outros países participando do estudo.

Críticas

Assim como aconteceu com a vacina Sputnik V, que chegou a criar uma atrito do Fundo e do Gamaleya com a Anvisa, fazendo a Agência vir a público para mostrar os documentos que apontam a presença de um vírus replicante, o que não é indicado numa vacina, a Sputnik Light também foi liberada antes da Fase 3 dos testes terem terminado, o que é criticado pela comunidade científica mundial.

A cientista e PhD Hilda Bastian escreveu no Twitter que "eles registraram a Sputnik Light na Rússia, novamente, com dados muito limitados e novamente sem esperar pela Fase 3. Não é uma vacina nova: é a primeira metade do Sputnik V - um adenovírus 26 injetado. Dados os problemas de produção desde o início com a outra metade (Ad5)".

A cientista e PhD brasileira Mellanie Fontes-Dutra, também usou o Twitter para escrever: "(...) mas parece ser uma boa alternativa, no fim das contas: uma dose, mais barato e sem aquela questão dos Ad5. Tomara que eles divulguem (e levantem) mais dados sobre a Fase 3 para a gente entender certinho tudo que foi feito e visto".


Referência

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Fontes