Covid-19: Coronavac tem apenas 24% de eficácia contra a variante Ômicron

31 de dezembro de 2022

 

Segundo dados levantados pela Institute for Health Metrics and Evaluation, da Universidade de Washington (UW), a Coronavac tem apenas 24% de eficácia contra a variante Ômicron do Sars-Cov-2 e suas subvariante. A eficácia contra casos graves é de 37%, enquanto a da vacina da Pfizer é de 72%. Ambos os imunizantes foram abundantemente usados no Brasil, por exemplo, tendo o Instituto Butantan adquirido os direitos de envazar a Coronavac, de tecnologia chinesa, no Brasil.

Em dados do Our World In Data (aqui), a Ômicron responde por cerca de 99% das infecções no mundo atualmente.

O infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, disse para a CNN Brasil dias atrás, analisando a recente explosão de casos de Covid-19 na China, que usou a Coronavac largamente: "a China não utilizou vacinas mais adequadas… as vacinas de RNA". A vacina chinesa é feita com partes inativadas do vírus Sars-Cov-2.

No Brasil, segundo o Painel do Ministério da Saúde (aqui), 122 milhões doses da Coronavac foram distribuídas aos estados; 170 milhões da AstraZeneca; e 249 milhões da vacina da Pfizer.

Vacina	Coronavac-Butantan	AstraZeneca-Fiocruz	Pfizer-BioNTech
Eficácia geral (%)	24	36	44
Contra casos graves (%)	37	71	72

Vacinação de crianças e adolescentes

A Coronavac foi aprovada no Brasil para a vacinação de pessoas a partir dos 5 anos de idade e segundo o Instituto Butantan, ela se mostrou 59% efetiva contra hospitalizações em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O estudo, conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), analisou dados de quase 200 mil crianças, imunizadas entre janeiro e abril de 2022.

Problemas de eficácia

A CoronaVac também é considerada de baixa eficácia em idosos, motivo que levou o Ministério da Saúde do Brasil, no ano passado, a não encomendar novos lotes desta vacina para serem usados massivamente no país.

Ela também não é muito eficaz como dose de reforço. Segundo a Agência Brasil, "os índices de aumento da concentração de anticorpos, 28 dias após a dose de reforço, ficaram em 152% para a vacina da Pfizer-BioNTech, 90% para a da AstraZeneca, 77% para a da Janssen e 12% para a CoronaVac".

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Fontes

• COVID-19 vaccine efficacy summary — IHME, 18 de novembro de 2022  
• CoronaVac é 59% efetiva contra hospitalizações em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, mostra estudo brasileiro ^[inativa] — Instituto Butantan, 20 de dezembro de 2022. Página visitada em 31 de dezembro de 2022. Arquivada em 31 de dezembro de 2022