7 de abril de 2020

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Mandetta (sem máscara) em coletiva de imprensa semanas atrás

O Ministério da Saúde (MS) anunciou ontem que os estados e municípios onde o número de casos confirmados não tenha impactado em mais de 50% a capacidade hospitalar instalada existente antes da pandemia da Covid-19 podem iniciar a transição para o Distanciamento Social Seletivo (DSS) a partir da próxima segunda-feira, 13 de abril. No entanto, o órgão enfatizou que "em todas as Unidades Federadas, o Ministério da Saúde recomenda a adoção da estratégia de afastamento laboral", indicando que a volta ao trabalho ainda não está permitida. Mesmo com a DSS, países como o Reino Unido tiveram que recuar e voltar para o o Distanciamento Social Ampliado (DSA) após uma aceleração descontrolada de casos, enfatizou o MS ao defender o retorno gradual ao trabalho.

O anúncio, em parte, vem de encontro aos desejos do presidente Jair Bolsonaro, que era contra o DSA e queria a volta ao trabalho para não prejudicar a economia. Há pelo menos 10 dias, ele e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, vinham se enfrentando devido à medida de isolamento social, com o presidente tendo dito mais de uma vez que poderia demitir o ministro. Na tarde de ontem, antes da coletiva de imprensa diária, da qual Mandetta não participou pela primeira vez desde a crise do Covid começar, ele, o presidente e demais ministros tiveram uma reunião para decidir se o ministro ficava ou não. Mandetta ficou, com apoio de outros ministros e do grupo "de militares", inclusive do vice-presidente Hamilton Mourão, que disse ontem à noite: "Mandetta segue no combate. Ele fica."

SUS ainda não está pronto

No boletim, o órgão detalhou ainda que os estados e município que apresentaram incidência 50% superior à estimativa nacional de ocupação hospitalar, o Distanciamento Social Ampliado (DSA) deve ser mantido "até que o suprimento de equipamentos (leitos, EPI, respiradores e testes laboratoriais) e equipes de saúde estejam disponíveis em quantitativo suficiente".

O CEBES (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde) divulgou em março passado um estudo demonstrando que para cada 10 mil habitantes, o indicado é ao menos um leito de UTI. "No SUS, em 72% das regiões de saúde do país, o número de leitos de UTI por 100 mil habitantes é inferior ao mínimo necessário, mesmo para um ano típico, sem considerar as necessidades colocadas pelo Covid-19", indicou o levantamento.

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