1 de dezembro de 2009

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O escândalo surgiu no dia 20 de novembro, onde hackers acederam, através de um servidor da Universidade de East Anglia (Reino Unido), a centenas de mails trocados entre conhecidos climatologistas britânicos e norte-americanos, onde aparentemente se discutem formas de manipular dados científicos para exacerbar os argumentos dos cépticos e suportar a tese da origem humana do aquecimento global.

Foram mais de mil ficheiros roubados, onde se incluem 1079 emails e 72 documentos trocados ao longo dos últimos 13 anos entre cientistas ligados a um dos principais órgãos britânicos de estudo das alterações climáticas, estando actualmente a circular pela Internet. Segundo o jornal britânico The Guardian, os ficheiros de computador foram aparentemente acedidos no início desta semana a partir dos servidores da Climate Research Unit da Universidade de East Anglia, um centro mundialmente reconhecido, focalizado no estudo das alterações climáticas naturais e antropogénicas”.

Segundo os documentos descobertos, numa troca de e-mail, um cientista relata o uso de um truque estatístico num gráfico que ilustra uma tendência de aquecimento acentuada, enquanto que noutro mail, um cientista refere-se aos cépticos do clima como "idiotas".

Em várias trocas de e-mail, Kevin Trenberth, um climatologista do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica, e outros cientistas discutiam lacunas na compreensão das recentes variações de temperatura. Vários sites de cépticos apontaram uma linha em particular: "O facto é que não podemos explicar a falta de aquecimento no momento e é uma farsa que nós não podemos", disse Trenberth.

Em 1999 uma troca de e-mails sobre gráficos que mostravam os padrões do clima ao longo dos últimos dois milénios, Phil Jones, pesquisador do clima de longa data no Clima East Anglia Research Unit, disse que usou um "truque" utilizado por outro cientista, Michael Mann, para "esconder" o declínio das temperaturas.

Fontes