7 de dezembro de 2020

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Sendo acusada globalmente sobre seu mau manejo inicial do surto, as autoridades chinesas estão agora tentando reescrever a narrativa da pandemia citando teorias de que o vírus se originou fora da China.

Todas as evidências disponíveis indicam que o coronavírus, que adoeceu mais de 56 milhões de pessoas em todo o mundo, pode ter sido identificado pela primeira vez na cidade central chinesa de Wuhan, mas não começou por lá, de acordo com um dos principais cientistas da China.

"Wuhan foi onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez, mas não foi de onde se originou", disse Zeng Guang, ex-epidemiologista-chefe do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em uma conferência acadêmica online na quinta-feira.

Zeng é o segundo epidemiologista chinês sênior que ponderou sobre o tema controverso nas últimas semanas. Wu Zunyou, atual epidemiologista-chefe do CDC, fez uma sugestão semelhante, dizendo que o patógeno poderia ter entrado no país nas importações de frutos do mar congelados ou produtos à carne.

Falando em uma conferência em Pequim, Zeng observou "sinais suspeitos" do exterior relacionados com as origens do coronavírus, incluindo relatórios de testes vindos da Itália, os quais citam que anticorpos específicos do Covid-19 foram detectados em amostras de sangue coletadas entre setembro de 2019 e março de 2020.

Nos últimos dias, autoridades chinesas disseram que alimentos embalados do exterior podem ter inicialmente trazido o vírus para a China. Cientistas divulgaram um artigo afirmando que a pandemia poderia ter começado na Índia.

Cientistas ocidentais mencionaram que a ideia de que o vírus se originou fora da China parece estar ganhando força para fins políticos, alimentando ainda mais as teorias da conspiração.

Fontes