3 de março de 2010

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Um estudo preparado para a Associação Industrial dinamarquesa de Petróleo pelos consultores Ea Energy Analyses, comparou as emissões de dióxido de carbono (CO2) dos carros movidos a diferentes fontes de energia, desde a gasolina, ao diesel, passando pelos híbridos e eléctricos, chegando a conclusão que caso não sejam alimentados por energia "verde", estes carros não representam vantagens em termos de emissões de dióxido de carbono.

Paralelamente a este estudo, a quercus revelou um outro, preparado para as associações ambientalistas "Amigos da Terra - Europa", "Greenpeace" e T&E, Federação Europeia dos Transportes e Ambiente, da qual a Quercus faz parte, confirma as mesmas conclusões, ou seja, caso se adopte o modelo de transportes eléctricos sem alterar as fontes de energia eléctrica, as emissões de dióxido de carbono não diminuem, sendo mesmo superiores.

«Para termos a mais-valia dos veículos eléctricos, precisamos que uma percentagem muito significativa da electricidade que temos na rede seja efectivamente desta origem», declarou Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus à TSF.

Ainda segundo o estudo divulgado pela Quercus, por cada carro eléctrico vendido, os construtores automóveis beneficiam de 3,5 super créditos, ou seja, a permissão de venda de 3,5 carros altamente poluentes, sem que as emissões desses veículos sejam contabilizadas no cálculo das emissões médias desse construtor, usadas para efeito de cumprimento dos limites de emissão».

Em ambos os estudos, a posição da UE é posta em causa, ao revelar que a legislação europeia que regula as emissões dos carros apresenta graves lacunas, pois ao autorizar os construtores automóveis a compensar a venda de veículos eléctricos com a venda de veículos mais poluentes, que escapam aos limites de emissão definidos na legislação levam a um aumento de eficiência ambiental que pode tornar-se significativo com o evoluir das vendas.

Confrontado com as conlusões da quercus, o secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, realça a importância dos carros eléctricos e desvaloriza as críticas do estudo sobre o eventual aumento da poluição que pode ser provocada por estes veículos.


Fontes