3 de julho de 2023
Em Cabo Verde, o cidadão Adelino Tavares Moreira entrou nesta segunda-feira, 3, no sexto dia de uma greve de fome, em protesto contra o que considera ser perseguição política por ser simpatizante de uma força política da oposição.
Ele alega que a chefe do Departamento do Património da Assembleia Nacional determinou que ele passasse a desempenhar funções para as quais ele não está preparado e sem condições para trabalhar.
A assessoria do Parlamento informou que vai emitir um comunicado nesta segunda-feira com os devidos esclarecimentos sobre este assunto.
Moreira afirmou que trabalha há cerca de 17 anos na Assembleia Nacional, como arquivista, mas ultimamente, sem razões plausíveis, tem sofrido alterações. Em face disso, ele resolveu entrar em greve de fome para denunciar a situação.
"Neste momento não temo mais pela minha vida… o mundo fora tem que saber como funcionam as instituições do Estado em Cabo Verde e como os funcionários são perseguidos devido a questões políticas…. todos nós temos a nossa cor, mas dentro da Assembleia Nacional há perseguição enorme contra as pessoas que eles sabem que pertencem ao partido da oposição, que é o PAICV, fazem tudo para que a pessoa desanime e abandone o serviço", afirmou Adelino Tavares Moreira.
Depois de vários anos como arquivista, ele disse que foi colocado para trabalhar como jardineiro e depois canalizador, áreas nas quais não possui formação.
Moreira acrescentou que a chefe do Departamento do Património ainda mandou cortar nove dias do seu ordenado "sem a instauração de qualquer processo disciplinar como manda a lei".
Ele promete "endurecer a luta", deixando mesmo de beber líquidos a partir de hoje, dia que o Parlamento promete pronunciar-se sobre o assunto.
Fontes
- ((pt)) Redação. Cabo Verde: Alegada "perseguição política" leva funcionário do Parlamento a entrar no sexto dia de greve de fome — Voz da América, 3 de julho de 2023
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