28 de fevereiro de 2022

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Agência VOA

A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) diz que já foram reconstruídas praticamente todas as infra-estruturas que haviam sido destruídas pelos jihadistas, no distrito de Macomia, norte da província moçambicana de Cabo Delgado, aguardando o regresso das populações, mas analistas dizem que falta resolver as causas da guerra.

A reconstrução de Cabo Delgado depois do conflito armado, foi tema de uma conferência co-organizada, na semana passada, pela Universidade Católica de Moçambique e o Observatório do Meio Rural, em que a ADIN, agência estatal, anunciou estar prevista para breve a reinauguração da maior parte dessas infraestruturas.

O empresário Assif Osman, diz, entretanto, que a solução para o conflito em Cabo Delgado, não deve ser apenas militar, deve ser acompanhada por medidas econômicas e sociais, porque, esta guerra provocou um verdadeiro drama humanitário.

Mobilização

“Temos que resolver esta situação, porque estamos a falar de muitas vidas perdidas, famílias desmembradas, e de pessoas que perderam o pouco que acumularam ao longo das suas vidas”, disse Osman.

Macomia é dos distritos mais afetados pela violência jihadista no norte de Cabo Delgado, e João Feijó, pesquisador do Observatório do Meio Rural, diz que se não forem tomadas medidas, sobretudo no domínio sócio-econômico, as pessoas que regressarem poderão ser mobilizadas pelos jihadistas.

No seu entender, não é sustentável estar a alimentar, indefinidamente, mais de 800 mil pessoas, “e o grande desafio agora é reintegrar economicamente essas pessoas para conseguirem produzir, gerar rendimentos, alimentar a economia e diminuir a necessidade de doações, mas para isso, tem que haver um projeto mais sustentado”.

Infiltração

Para Dércio Alfazema, oficial do Instituto para a Democracia Multipartidária, é preciso tentar resolver as causas do conflito, assim como reforçar as medidas de segurança quando as pessoas estiverem a regressar aos seus distritos, “porque o risco de infiltração de terroristas é grande, uma vez que as populações não estão organizadas como estavam nas suas comunidades antes do conflito.”

Por seu turno, o analista Egídio Vaz chama a atenção para a necessidade de não se encarar o movimento de retorno das pessoas como o fim do terrorismo.

“O combate a este fenômeno não é apenas ao nível militar; terrorismo combate-se também ao nível das mentalidade; existe uma dimensão civil do contra terrorismo que deve ser implementada; temos que ter em conta as causas deste conflito”, disse Vaz.

Fonte

  • ((pt)) Ramos Miguel. Cabo Delgado: Não basta reconstruir infraestruturas, é preciso eliminar as causas da insurgência — Voz da América <span title="ctx_ver=Z39.88-2004&rfr_id=info%3Asid%2Fpt.wikinews.org%3ACabo+Delgado%3A+N%C3%A3o+basta+reconstruir+infraestruturas%2C+%C3%A9+preciso+eliminar+as+causas+da+insurg%C3%AAncia&rft.au=Ramos+Miguel&rft.btitle=Cabo+Delgado%3A+N%C3%A3o+basta+reconstruir+infraestruturas%2C+%C3%A9+preciso+eliminar+as+causas+da+insurg%C3%AAncia&rft.date=Erro Lua em Módulo:ISO na linha 17: attempt to index local 'input' (a nil value).&rft.genre=unknown&rft.pub=Voz+da+Am%C3%A9rica&rft_id=https%3A%2F%2Fwww.voaportugues.com%2Fa%2Fcabo-delgado-n%C3%A3o-basta-reconstruir-infraestruturas-%C3%A9-preciso-eliminar-as-causas-da-insurg%C3%AAncia-dizem-analistas%2F6463191.html&rft_val_fmt=info%3Aofi%2Ffmt%3Akev%3Amtx%3Abook" class="Z3988">