3 de junho de 2020

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Diversos países africanos receberam, na semana de 04 de maio, milhares de garrafas de um tônico produzido em Madagascar com a planta Artemisia annua para cura da COVID-19. O produto, inclusive, foi promovido pelo próprio presidente do país, porém, 30 dias após a distribuição massiva, o número de óbitos no Continente Africano, segundo as cifras da OMS, subiu de 2.006 óbitos em 7 de maio para 4.505 hoje, o que são cerca de 2.500 mortes a mais em cerca de um mês.

A promoção e distribuição do tônico fez com que organizações como a OMS e a União Africana, através do CDC (Centro de Controle de Doenças), fizessem alertas quanto à segurança e eficácia do produto. A OMS emitiu um comunicado no dia 04 de maio, onde escreveu: “Têm sido propostas diversas plantas e substâncias que não cumprem os requisitos mínimos e não apresentam evidências a nível de qualidade, segurança e eficácia. O uso de produtos que não foram devidamente investigados para tratar a COVID-19 podem colocar a saúde das pessoas em perigo, dando uma falsa sensação de segurança que as leva a não cumprir as medidas de prevenção da COVID-19.”

Leia o comunicado da OMS na íntegra: https://www.afro.who.int/pt/news/oms-apoia-medicina-tradicional-comprovada-cientificamente

Evolução das mortes em alguns países que receberam e/ou usaram o tônico

País 04 de maio 19 de maio 03 de junho
Chade 10 54 66
Congo 10 15 20
Madagascar 00 01 06
Nigéria 85 191 314
R. D. Congo 34 60 71

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Fontes