17 de novembro de 2020

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A maneira como as autoridades peruanas reprimiram os manifestantes que protestaram contra o afastamento do presidente Martín Vizcarra no Peru foi criticada nesta terça-feira em um comunicado da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

A CIDH “condena as violações dos direitos humanos ocorridas no contexto dos protestos sociais no Peru”, cita a declaração que por sua vez apelou a “resolver a crise institucional por meios democráticos”.

“A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condena a morte dos jovens Jordan Inti Sotelo Camargo e Jack Bryan Pintado Sánchez no quinto dia de protestos que começaram após a declaração de vacância presidencial feita pelo Congresso da República”, insistiu o entidade regional.

Na segunda-feira, 9 de novembro, o Presidente Martín Vizcarra foi demitido em sessão do Congresso, acusado de um suposto ato de corrupção.

Vizcarra foi seguido pelo deputado Luis Merino, mas os protestos não esperaram e os jovens Sotelo e Pintado morreram nas manifestações. Merino foi forçado a renunciar no domingo, 15 de novembro, e na segunda-feira em posse do senador Francisco Sagasti, que deve ser confirmado nesta terça-feira, às 16 horas locais.

A CIDH denunciou que entre as reprimendas utilizadas pelo poder no Peru, destacam-se: “o uso desproporcional da força por meio do uso de gases asfixiantes que atingiu tanto manifestantes quanto não manifestantes; uso de armas de chumbo; o emprego de técnicas intimidatórias de cerco policial contra os manifestantes” e outros.

A CIDH é um órgão principal e autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), cujo mandato decorre da Carta da OEA e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos.

Fontes