10 de novembro de 2022

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A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ouviu na quarta-feira os familiares dos 45 detidos na Nicarágua, considerados por organizações internacionais como "prisioneiros políticos".

Os familiares do jornalista e ex-candidato presidencial Miguel Mora, do empresário e ex-candidato presidencial Juan Sebastián Chamorro, bem como da defensora de direitos humanos Evelyn Pinto e do ativista Eliseo Castro, entre outros, expôs a situação "precária" dos detidos.

A sobrinha de Juan Sebastián Chamorro, Margarita Urtado, explicou que há 75 dias não se sabe o paradeiro de seu tio, pois não há informações sobre ele na prisão onde foi detido ou notícias oficiais sobre se foi transferido.

"Mais uma vez, como quando foi capturado, ele desapareceu, em 75 dias não sabemos nada de seu paradeiro", disse ela aos juízes na audiência realizada em San José, Costa Rica, onde também reside como exilada.

A história é semelhante no caso do jornalista Miguel Mora, cujo estado de saúde se agravou devido ao diabetes crônico e "foi submetido a um tratamento cruel e desumano", afirmou sua irmã Karla Mendoza.

As organizações de direitos humanos que compareceram à audiência estimaram em cerca de 200 o número de presos detidos e processados ​​sob as leis criadas pelo governo de Daniel Ortega para reprimir opositores, desde que a crise política se agravou em 2018.

A Corte Interamericana emitiu várias sentenças com medidas provisórias para 45 detidos, entre jornalistas, defensores de direitos humanos e empresários, a maioria capturados em meados do ano passado, acusados ​​pelo governo de Daniel Ortega de diferentes acusações, como "conspiração", "terrorismo" e "traição contra o país".

Fontes