17 de setembro de 2010

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Um relatório do Programa da ONU para o Ambiente e da Organização Mundial de Meteorologia sobre a camada do ozono revela que os esforços acordados no Protocolo de Montreal, em 1987, estão a dar resultados, tendo o buraco da camada de ozono estabilizado na última década.

Apesar das variações anuais, no global o buraco encontra-se estabilizado, sem se registarem variações substanciais no buraco e nas concentrações de ozono, o que está a entusiasmar os cientistas.

O documento sublinha igualmente que uma vez que as partículas que desgastam o ozono são também potentes gases com efeitos de estufa, o protocolo de Montreal é igualmente responsável pela redução das alterações climáticas. Prevê-se que nas regiões polares seja possível recuperar a protecção que existia antes de 1980 até 2050. Nas latitudes médias, as radiações ultravioleta a superfície mantiveram-se constantes ao longo das últimas décadas.

Apesar de já ter sido banido o uso de muitos gases depreciadores do ozono, o relatório chama a atenção para a emissão de outras substâncias com as mesmas características cuja concentração continua a aumentar no globo.

"A lacuna entre a realidade científica e a nossa ambição está estimada em cerca de 4,7 giga toneladas de CO2, algo que precisa de ser resolvido urgentemente na próxima década se queremos que a temperatura aumente menos de 2 °C."

O ozono é uma molécula composta de três átomos de oxigénio, sendo responsável por filtrar a radiação ultravioleta prejudicial (inferior a 290 manómetros) que provém do sol. O gás é produzido e destruído constantemente na estratosfera, a cerca de 30 km acima da superfície da Terra. Numa atmosfera sem poluição, o ciclo de produção e decomposição está em equilíbrio, mas com a actual alteração da composição química atmosférica, o desequilibro provoca a destruição de ozono mais rápida do que a sua formação, diminuindo por isso a sua concentração e formando o buraco de ozono.


Fontes