14 de setembro de 2023

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Na quarta-feira, o líder da maioria democrata no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, convocou uma reunião com especialistas em tecnologia, juntamente com outros, para aconselhar o Congresso.

A reunião a portas fechadas no Capitólio incluiu quase duas dúzias de executivos de tecnologia, ativistas, grupos de direitos civis e líderes sindicais. A lista de convidados incluía alguns dos líderes mais proeminentes do setor, incluindo Mark Zuckerberg da Meta; Elon Musk, da X (ex Twitter), e Bill Gates, da Microsoft. Todos os 100 senadores foram convidados.

Schumer abriu a sessão declarando que “hoje iniciamos uma tarefa complexa e vital: lançar as bases para uma política de inteligência artificial que tenha apoio bipartidário e que o Congresso possa aprovar”.

O legislador, que liderou a reunião juntamente com o senador republicano Mike Rounds, não aceitará necessariamente o conselho dos executivos enquanto procura aumentar a supervisão do setor. Mas ele espera que os especialistas dêem ao Congresso alguma orientação para fazer algo que não consegue fazer há anos: aprovar uma regulamentação significativa do setor tecnológico.

“Será um grupo fascinante porque cada um tem pontos de vista diferentes”, disse Schumer em entrevista à Associated Press antes do evento. “Espero que possamos obter algum tipo de consenso amplo sobre isso.”

Rounds, que acompanhou Schumer na entrevista, disse que o Congresso precisa antecipar as complicações decorrentes da inteligência artificial e garantir que ela se desenvolva “de forma positiva”, abordando potenciais problemas que possam surgir relacionados à privacidade e à transparência.

“A inteligência artificial não vai desaparecer. Pode fazer coisas muito positivas ou pode ser um verdadeiro desafio”, disse Rounds.

Já circulam algumas propostas, como a exigência de que anúncios eleitorais feitos com imagens ou sons criados com inteligência artificial tenham aviso. Uma estratégia mais ampla exige a criação de uma agência governamental que teria o poder de auditar determinados sistemas de IA para determinar se podem causar danos, antes de lhes conceder uma licença.

Schumer indicou que a regulação da inteligência artificial será “um dos problemas mais difíceis que teremos” e enumera as razões: É tecnicamente complicado, é uma área em constante evolução e “tem um efeito amplo em todo o mundo”.

Os legisladores têm um grande número de propostas, mas não conseguiram chegar a um consenso sobre como regular o setor. As grandes empresas resistem e alguns legisladores mostram-se relutantes em aplicar regulamentação excessiva.

Fontes