8 de abril de 2021

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A criação da Reserva Estratégica Alimentar em Angola, uma das medidas do Governo para baixar os preços da cesta básica dentro de três meses e cujo concuros público para a sua gestão está já a caminho não convence o empresário Paulo Neves para quem não são os decretos que mexem com a economia.

“Em Angola já não há dia das mentiras, mente-se todos os dias. A economia não se faz com decretos, a procura e a oferta é que determinam as coisas”, disse o empresário paa quem “estão a surgir novos monopólios, são leis feitas para proteger alguém grande”.

As medidas do Governo, que incluem o fim da burocracia nas importações e mais apoio à produção interna, continuam a ser delineadas, mas Paulo Neves, dono de uma superfície comercial com bens locais e importados, tem já um exemplo.

“Mandámos vir natas ‘mimosa’ de Lisboa, com altas taxas aduaneiras, mas conseguimos vender mais barato do que a nata nacional produzida pela ‘Momo’, sem qualidade nenhuma”, salienta o comerciante, acrescentando que “eles têm, assim sem concorrência, o monopólio, como terão determinados empresários”.

Por outro lado o empresário Carlos Cardoso, vice-presidente da Aliança Empresarial de Benguela após ter ouvido do secretário de Estado para o Planeamento, Nilton Reis, que a sua província recebeu em créditos 17 mil milhões de Kwanzas no quadro do programa de substituição das importações e diversificação das exportações, disse à TV Zimbo que “as empresas dos angolanos, e segundo me dizem os associados, não têm sido satisfeitas”.

Apesar de ter admitido burocracia, o secretário de Estado insiste no PRODESI e no portal da produção nacional.

“De modo a que possamos saber onde e o que estão a produzir. Assim facilitamos os operadores comerciais que abastecem os mercados de consumo”, disse o governante.

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