15 de abril de 2023
A atleta de elite espanhola de 50 anos, Beatriz Flamini, emergiu na sexta-feira de uma caverna no sul da Espanha, onde viveu a 70 metros de profundidade por 500 dias, como parte de um experimento sobre os efeitos do isolamento na mente e no corpo humanos.
Com sua equipe de apoio limitando a cobertura da mídia sobre seu surgimento para não sobrecarregá-la, Flamini saiu da caverna Los Gauchos perto de Motril, sorriu e acenou para a pequena multidão.
Elena Mera, porta-voz do projeto, conhecido como Timecave, disse à agência de notícias espanhola EFE que o experimento de isolamento foi ideia de Flamini. Alpinista experiente, ela abordou a produtora de mídia Dokumalia em 2021 sobre a ideia de viver sozinha em uma caverna sem contato externo por 500 dias.
De acordo com sua equipe de apoio, Flamini entrou na caverna em 20 de novembro de 2021, levando consigo duas câmeras GoPro para documentar seu tempo, 60 livros e 1.000 litros de água e alimentos. Ela não tinha como medir o tempo. Dizem que ela passava o tempo fazendo exercícios para manter a forma, pintando e desenhando e tricotando gorros de lã.
Flamini era acompanhada por um grupo de psicólogos, pesquisadores, espeleólogos — especialistas no estudo de cavernas — e preparadores físicos, que acompanhavam cada movimento dela e monitoravam seu bem-estar físico e mental, embora nunca tivessem feito contato.
A EFE informa que sua experiência foi utilizada por cientistas das universidades de Granada e Almeria e de uma clínica do sono com sede em Madri.
Embora sua equipe de apoio tenha afirmado que os 500 dias de isolamento no subsolo são um novo recorde mundial, o serviço de notícias da Reuters relata que um porta-voz do Guinness Book of World Records não foi capaz de confirmar imediatamente essa afirmação.
Fontes
- ((en)) Redação. Spanish Athlete Spends 500 Days in Cave — Voz da América, 15 de abril de 2023
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