9 de março de 2023

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A Rússia lançou ataques com mísseis em toda a Ucrânia na quinta-feira, matando pelo menos seis pessoas e deixando centenas de milhares sem aquecimento e energia elétrica.

Foi o maior ataque desse tipo à Ucrânia em três semanas, com as forças ucranianas dizendo que derrubaram apenas 34 dos 81 mísseis que a Rússia disparou, além de quatro drones.

As sirenes de ataque aéreo soaram durante a noite em uma ampla faixa da Ucrânia, inclusive no oeste, longe das principais linhas de frente de batalha nas regiões orientais do país. O governador da região de Lviv disse que cinco pessoas morreram quando um míssil atingiu uma área residencial.

Na região de Dnipropetrovsk, autoridades disseram que os ataques russos mataram uma pessoa e feriram outras duas.

“Os ocupantes só podem aterrorizar civis”, postou o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy no Telegram. "Isso é tudo que eles podem fazer. Mas isso não vai ajudá-los. Eles não vão evitar a responsabilidade por tudo o que fizeram."

O Ministério da Defesa russo disse que os ataques foram uma retaliação a um ataque recente à região de Bryansk, no oeste da Rússia, por parte do que Moscou alegou serem sabotadores ucranianos. A Ucrânia negou a alegação.

Moscou disse que atingiu alvos militares e industriais na Ucrânia "bem como as instalações de energia que os fornecem". Quase metade das residências na capital Kiev ficaram sem aquecimento, assim como muitas em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, onde o governador regional disse que 15 ataques russos atingiram a cidade.

Cerca de 150.000 residências ficaram sem energia na região de Zhytomyr, no noroeste da Ucrânia. No porto de Odesa, no sul, ocorreram apagões de emergência devido a linhas de energia danificadas.

Entre as armas disparadas estavam seis mísseis de cruzeiro hipersônicos Kinzhal, disse o porta-voz da força aérea ucraniana, Yurii Ihnat.

O ataque de quinta-feira derrubou o fornecimento de energia para a Usina Nuclear de Zaporizhzhia. A operadora da usina, Energoatom, disse que geradores a diesel estavam sendo usados ​​para operar a usina e que havia combustível suficiente disponível para continuar por 10 dias.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, pediu ação urgente, observando que o fornecimento de energia da usina de Zaporizhzhia foi cortado pela sexta vez desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há mais de um ano.

A usina de Zaporizhzhia é a maior usina nuclear da Europa, e repetidos ataques perto do local provocaram temores de um desastre.

Fontes