17 de fevereiro de 2021

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Daniel Silveira em 2020

Líderes e vice-líderes partidários da Câmara dos Deputados do Brasil divergiram sobre a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). Alguns não apenas apoiaram a prisão como defenderam a cassação do deputado, enquanto outros afirmam que o deputado tem imunidade para expressar sua opinião e não poderia ter sido preso.

As declarações de Daniel Silveira são "estarrecedoras", na opinião do líder do PSDB, Rodrigo de Castro (MG). "Trata-se de um dos ataques mais ultrajantes que a Suprema Corte já sofreu. Qualquer cidadão, em um ambiente democrático, pode ter divergência ou expressar críticas em relação a qualquer instituição, mas o nível de insensatez expresso pelo parlamentar é inaceitável", declarou Rodrigo de Castro. "Alveja não somente o Supremo Tribunal Federal, mas nos atinge como sociedade civilizada."

O vice-líder do DEM Pedro Lupion (PR) parabenizou o presidente da Câmara, Arthur Lira, pela "serenidade e consciência neste momento". "Independentemente do que o deputado Daniel Silveira tenha dito, nossa Constituição é clara nesses casos. Aguardo a convocação da sessão para decidirmos, conforme a Constituição Federal, sobre a liberação do deputado", declarou Pedro Lupion. "Essa queda de braço entre Poderes em nada resolve os problemas do País, e esse que deve ser o nosso foco no Congresso Nacional."

O líder do PDT, Wolney Queiroz (PE), afirmou que a prisão de Daniel Silveira é "necessária e didática". "As declarações do deputado Daniel Silveira são a representação da violência, ódio e autoritarismo institucionalizados nos Poderes da República. Ninguém pode atacar o Estado Democrático de Direito impunemente", disse.

O líder do PSL, Vitor Hugo (GO), apelou ao Plenário pela libertação de Daniel Silveira. "A inviolabilidade parlamentar quanto a opiniões, palavras e votos é pilar constitucional da democracia; relativizá-la fere a separação dos Poderes", defendeu. "Não houve flagrante, e o suposto crime não é inafiançável. Contamos com a restauração da normalidade constitucional pelo Plenário da Câmara."

O líder do Cidadania, Alex Manente (SP), afirmou que a prisão de Daniel Silveira "está dentro da normalidade jurídica e constitucional". Segundo Manente, o deputado atentou contra o Estado de Direito, a normalidade democrática, as instituições brasileiras e a vida de ministros do STF. "A liberdade de opinião não é instrumento de ódio antidemocrático, arroubos totalitários e ameaças criminosas. O deputado faz defesa expressa do AI-5, imputa frontalmente os ministros do STF de crimes e clama por supressão de direitos constitucionais", argumentou Manente.

O vice-líder do PSB Camilo Capiberibe (AP) declarou que a decisão do ministro Alexandre de Moraes é constitucional e necessária. "Daniel Silveira é investigado em inquérito e ação penal justamente por apoiar atos antidemocráticos e defender o fechamento do STF. O vídeo-provocação de Daniel Silveira testa os limites do STF", comentou.

O vice-líder do Solidariedade Zé Silva (MG) afirmou que a democracia não aceita a ditadura e a intolerância a qualquer instituição brasileira. "A democracia é liberdade com responsabilidade, é respeito à Constituição", defendeu.

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