7 de agosto de 2023

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Altos funcionários de 42 países participaram da Cúpula pela paz na Ucrânia de dois dias em Jeddah, Arábia Saudita, que não causou grandes progresos. A Rússia não foi convidada para as conversações de alto nível.

Kiev alegou que as negociações foram um "grande golpe" para a Rússia, mas reconheceu que os participantes não chegaram a um acordo sobre os 10 pontos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, que exige a retirada de todas as tropas russas e o retorno de todo o território ucraniano ao seu controle.

As conversas incluíram representantes das economias mundiais do grupo BRICS, Brasil, Índia, China e África do Sul. Ambos os países se manteram neutros e alguns criticaram anteriormente o presidente Zelenskyy.

Moscou criticou a Cúpula por não incluir a Rússia nas negociações e disse que ela não têm "o menor valor agregado". O Kremlin também considerou uma tentativa fracassada do Ocidente de alinhar o sul com Kiev.

Durante a cúpula de dois dias, o chefe da delegação brasileira, o assessor de política externa Celso Amorim, destacou que "qualquer negociação real deve incluir todas as partes", incluindo a Rússia, segundo cópia de seu comunicado divulgado à AFP.

A China neutra, que concordou em participar da cúpula de paz, disse que defenderia uma posição independente e imparcial sobre um acordo de paz. O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, fez esses comentários em uma conversa por telefone com seu colega russo, Sergey Lavrov.

Wang disse que a China servirá como uma "voz objetiva e racional" em qualquer fórum multilateral internacional e "promoverá ativamente as negociações de paz".

Autoridades e analistas ocidentais disseram que a diplomacia saudita foi importante para garantir a presença da China nas negociações.

Sob a liderança do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, o reino manteve laços com os dois lados apresentando-se como mediador e buscando maior protagonismo no cenário mundial.

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