24 de maio de 2021

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Alexander Lukashenko, presidente de Belarus (Bielorússia), viu hoje o país sofrer as primeiras sanções após ordenar, ontem, o desvio para Minsk de um avião da empresa Ryanair, que voava de Atenas (Grécia) para Vilnius (Lituânia) e levava a bordo o jornalista e ativista Roman Protasevich, crítico de seu governo. Para fazer a intercepção, o governo bielorrusso alegou uma "ameaça de bomba". Os passageiros foram revistados após a aterrissagem, e Protosevich e sua namorada, Sofia Sapega, foram presos.

Michael O'Leary, diretor-executivo da Ryanair, disse hoje que o que aconteceu foi um "sequestro" e em seu Twitter a empresa chamou a ação de "ilegal". Já Gitanas Nauseda, presidente da Lituânia, considerou o incidente como um "ato de terrorismo". Nauseda também determinou hoje que nenhum avião de empresas da Lituânia deverá entrar no espaço aéreo bielorrusso.

Ainda esta manhã, o Reino Unido e a Bélgica anunciaram que não permitirão a entrada aviões de empresas aéreas de Belarus em seu espaço aéreo e que os voos que partirem de seus territórios também não devem sobrevoar o país. No final da tarde, a União Europeia tomou a mesma decisão e ainda exigiu a "libertação imediata de Raman Pratasevich e Sofia Sapega e que a sua liberdade de circulação seja garantida".

O ativista

Protasevich é cofundador da plataforma NEXTA, um meio de comunicação alternativo que teve um papel preponderante na difusão, através das redes sociais, dos recentes protestos em Belarus após uma nova reeleição de Lukashenko meses atrás.

Ele pode ser condenado à pena de morte.

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Fontes