25 de outubro de 2020
Um dia depois de terem sido detidos durante uma manifestação contra o desemprego e pela realização de eleições autárquicas, seis jornalistas continuam detidos em Luanda, Angola.
“Venho do SIC (Serviço de Investigação Científica) e eles ainda estão lá”, disse neste domingo, 25, o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA).
Três jornalistas da Radio Essencial, dois da TV Zimbo e um fotógrafo da agência de notícias AFP foram detidos quando faziam a cobertura da manifestação ontem que eclodiu em confrontos entre os participantes e a Polícia Nacional (PN).
A polícia chegou a obrigar o repórter da TV Zimbo, estação anteriormente privada mas agora sob gestão do Estado, a apagar as imagens captadas durante a manifestação.
Na sua página no Facebook, ele perguntou: “Quando é que a Polícia Nacional vai compreender que se trata de abuso de poder deter jornalistas, danificar os seus meios, simplesmente porque estão a cobrir manifestações?”.
Os seis profissionais da imprensa, bem como o motorista da Rádio Essencial, e mais 40 detidos devem ser jugados na segunda-feira.
A governadora classificou a manifestação como um "ato de vandalismo" e avisou haver “interesses confessos” dos que incentivam os ativistas a protestaram.
A UNITA apoiou a manifestação, tendo o secretário provincial e deputado Nelito Ekuiku dito que foi agredido.
Notícia relacionada
- "Luanda: detidos em manifestação vão a julgamento na segunda", Wikinotícias, 25 de outubro.
Fontes
- Polícia angolana mantém seis jornalistas e dezenas de activistas detidos — Voz da América, 25 de outubro de 2020
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