25 de outubro de 2020

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Horas depois da manfestação organizada neste sábado, 24, por activistas e que teve o apoio da UNITA e de outras forças da oposição, reprimida pela polícia, soube-se que os detidos vão a julgamento sumário na segunda-feira, 26.

O comandante províncial da Polícia Nacional (PN) em Luanda, Eduardo Cerqueira, sem confirmar o número de detidos, confirmou que na segunda-feira os ativistas detidos serão encaminhados a um tribunal.

O Voz da América indica que os organizadores ponderam voltar aos protestos no dia do julgamento. Há indicações de que, pelo menos, 50 jovens foram detidos ou agredidos pela polícia.

"Houve uma repressão bastante violenta. Não havia razão para o regime usar uma força desproporcional porque a manifestação era pacífica”, disse o ativista Dito Dali.

Um dos agredidos foi Nelito Ekuiku, deputado da UNITA, que disse à imprensa que as autoridades recorreram a um decreto que limita a aglomeração de modo a evitar a propagação do novo coronavírus.

À noite, a governadora da província de Luanda, Joana Lima, lamentou os “prejuízos incalculáveis” dos confrontos entre a PN e os manifestantes e disse haver fins inconfessos de quem, segundo ela, manipula os ativistas.

A manifestação pretendia protestar contra o desemprego, o alto custo de vida e pedir a marcação das eleições autárquicas.

Fontes