9 de dezembro de 2009

Atenção
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Um documento publicado pelo jornal Britânico The Guardian causou desconforto e apreensão nos corredores da cimeira. Segundo o documento publicado, supostamente um esboço do acordo a sair da cimeira, o projecto dinamarquês parece conceder mais poder aos países ricos e remeter para segundo plano as Nações Unidas nas futuras negociações sobre alterações climáticas.

Ainda segundo o documento, as populações que vivem nos países mais ricos poderão emitir mais gases, quase do dobro do que estava previsto, fixando o limite nas 2.65 toneladas, enquanto os países em desenvolvimento só vão poder emitir 1.44 toneladas de carbono por pessoa, estando ainda previsto a criação da categoria de uma nova categoria dentro dos países pobres: os países mais vulneráveis.

Seria assim abandonado assim o princípio do Protocolo de Quioto, em que as nações ricas, responsáveis pela maior parte das emissões de dióxido de carbono, assumiam a liderança no combate ao efeito de estufa, com mais restrições ás emissões e mais investimento, enquanto as nações mais pobres não eram obrigados a agir ao mesmo ritmo.

Em resposta ao documento, diversos governos de países em vias de desenvolvimento criticaram o documento e a postura dos países ricos, queixado-se, nomeadamente, de que serão fixados limites desiguais para as emissões de carbono em 2050, dando aos países mais ricos a possibilidade de emitir sensivelmente o dobro do que seria aceite para os países em desenvolvimento, o que se traduziria numa enorme inversão do princípio do protocolo de Quioto que determina que são os países desenvolvidos que mais têm a maior parte do esforço na redução das emissões de CO2.

Fontes