16 de junho de 2021

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Witzel em 2019
Wilson Witzel em março de 2019

O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel afirmou, nesta quarta-feira (16), na CPI da Pandemia, que seu processo de impeachment foi resultado de uma perseguição política desencadeada após ele determinar a investigação da morte da vereadora Marielle Franco. Além de criticar o presidente Jair Bolsonaro, ele levantou suspeitas sobre a parcialidade de membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Ministério Público Federal (MPF) no processo que levou à cassação de seu mandato. 

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) interrompeu o depoimento de Witzel e classificou a fala do depoente como “muito grave”.

— Pelo que eu me lembre, ele foi afastado por decisão do ministro Benedito Gonçalves, do STJ, e em seguida o afastamento dele foi prorrogado pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça. Então, o que o depoente está dizendo aqui agora é que há um conluio de ministros do STJ para persegui-lo. E isso é muito grave. Isso é muito grave. Tinha que haver alguma comunicação da CPI com o Superior Tribunal de Justiça para que se apurasse o que está sendo trazido por ele.

O senador Jorginho Mello (PL-SC)  perguntou sobre a então primeira-dama do estado ter recebido pouco mais de meio milhão de reais em propina. Witzel disse que o valor não é propina, mas resultado de honorários advocatícios, que estaria declarado. Mas Jorginho Mello rebateu:

—  O senhor acha todo mundo é contra o senhor, então? É só o senhor que está certo? — questionou.

Wtizel voltou a citar o ex-presidente Lula, que ficou preso por 580 dias até que o  Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a decisão que levou Lula à prisão. 

 — Olha, quanto tempo demorou para dizer que o presidente Lula estava certo? Que ele estava sendo julgado por um juiz parcial? Demorou, né? Uma hora nós vamos chegar lá — disse. 

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