Viúva de prefeito assassinado de Campinas pede para que Polícia Federal entre no caso
Brasil • 9 de novembro de 2005
A psicóloga Roseana Morais Garcia, viúva de Antônio da Costa Santos, depôs na terça-feira (8) em Brasília para a CPI dos Bingos. Antônio Costa Santos, mais conhecido como Toninho do PT foi Prefeito de Campinas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) até ser assassinado em 10 de setembro de 2001. Roseana Garcia diz que seu marido foi morto por causa de questões políticas e pediu para a Polícia Federal entrar no caso.
Roseana Garcia disse que o inquérito policial que apurou a morte de seu marido foi mal conduzido. A viúva alega que há indícios de que seu marido foi assassinado porque denunciou superfaturamento de obras e licitações públicas previamente acertadas, ou porque recusou-se a conceder o alvará de funcionamento de uma casa de bingo em Campinas.
Garcia mencionou o nome de um garçom, Jack, que segundo ela teria supostamente testemunhado a negociação da morte do prefeito, dentro de um bingo em Campinas. A CPI disse que irá requisitar o depoimento do garçom.
Roseana contou que a versão da polícia é que Antônio da Costa Santos foi assassinado por acaso, porque estava no lugar errado e na hora errada. Segundo a polícia civil Costa Santos teria atrapalhado a fuga de uma quadrilha de seqüestradores, quando este saía de um shopping center de Campinas. Para Roseana, o caso não teve uma repercussão maior porque na época houve o atentado terrorista nos Estados Unidos que mobilizou a atenção das pessoas.
A viúva de Toninho pediu para que a Polícia Federal investigue o caso. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) informou que o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, encarregou a Polícia Federal para investigar o assassinato do prefeito.
Fontes
- Viúva de Toninho do PT reafirma que morte não foi crime comum — Jornal do Senado (Brasil), 9 de novembro de 2005
- Marcela Rebelo. Viúva de Toninho do PT diz acreditar que assassinato do marido teve motivação política — Agência Brasil, 8 de novembro de 2005