Região de Piracicaba foi atingida por frente de rajada pela quinta vez desde setembro; Nova Odessa foi a cidade mais afetada

Chegada da shelf cloud/frente de rajada em Piracicaba.

13 de outubro de 2023

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Na tarde da última quinta-feira (12), no feriado de Nossa Senhora Aparecida, uma forte ventania acompanhada de uma nuvem de poeira atingiu várias cidades do interior de São Paulo, causando medo e transtornos aos moradores, e interrompendo várias comemorações do Dia das Crianças, que tiveram de ser adiadas para esta sexta-feira (13). O fenômeno meteorológico foi registrado por volta das 15h e antecedeu uma chuva forte.

O que ocorreu foi uma frente de rajada, que é uma linha de ventos intensos que se forma na borda de uma nuvem cumulonimbus, geralmente sendo indicada por uma shelf cloud. Como o próprio nome diz, costuma ser acompanhada de rajadas de vento, que frequentemente ultrapassam os 50 km/h, provocadas pela diferença de pressão entre o ar frio e descendente da nuvem de tempestade e o ar quente e ascendente vindo do solo.

A shelf cloud que antecedeu a ventania apresentava uma coloração amarronzada e avançava rapidamente sobre a região, indicando a presença de ventos de alta intensidade que levantaram poeira do solo. Em Piracicaba, as rajadas de vento chegaram a 17,6 m/s (62,2 km/h), de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Em Bauru, outra cidade do interior de São Paulo, a velocidade máxima da ventania foi de 19,9 m/s (71,6 km/h).

Entre as cidades afetadas pela frente de rajada, destacam-se Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Elias Fausto. Nessas localidades, houve relatos de quedas de árvores, alagamentos e falta de energia.

Após a passagem da frente de rajada, algumas cidades ainda registraram chuvas fortes, acompanhadas de raios e trovões violentos. Essas chuvas também causaram problemas como alagamentos, principalmente em Nova Odessa.

A frente de rajada desta quinta-feira foi a quinta registrada na região de Piracicaba desde setembro. Os últimos eventos ocorreram em 27 de setembro, 4, 7 e 8 de outubro. Esse tipo de fenômeno é comum no estado de São Paulo, principalmente durante esta época do ano (primavera), quando há maior frequência de linhas de instabilidade vindas do Sul do Brasil.

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Fontes

 
Reportagem original
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