4 de agosto de 2024

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Centenas de venezuelanos se reuniram neste sábado na Plaza Bolívar, no centro de Bogotá, para protestar contra o que denunciam como fraude eleitoral na Venezuela, após as eleições presidenciais do último domingo.

Mauricio Baquero, porta-voz da campanha da oposição e coordenador do Comando com a Venezuela na Colômbia, disse à Voz da América que é uma "assembleia pacífica e cidadã de todos os venezuelanos contra a repressão do regime de Nicolás Maduro, contra a fraude eleitoral" e afirmando que "o único presidente é Edmundo González Urrutia".

A oposição insistiu em ter vencido a eleição presidencial com mais de oito milhões de votos, enquanto o Centro Nacional Eleitoral (CNE), com 96,8% dos votos, deu a Maduro o vencedor com 6,4 milhões de votos, em comparação com 5,3 milhões de González.

"Sabíamos que Maduro iria cometer uma fraude, não ficamos surpresos e simplesmente ativamos nosso plano B para poder mostrar ao mundo o que o regime fez com nossos venezuelanos durante todos os últimos anos", acrescentou Baquero.

Com música tradicional venezuelana, pedindo cartazes pedindo "liberdade", bandeiras, rostos pintados de amarelo, azul e vermelho, e cânticos, vários manifestantes venezuelanos se uniram para exigir respeito às eleições e denunciar a "fraude" em seu país.

Também foi prestada uma homenagem aos que morreram durante os protestos em seu país e aos que ainda estão desaparecidos.

"Os milhares de venezuelanos que estão neste país estão se reunindo novamente para unificar a força em defesa da situação que está sendo vivida na Venezuela", disse à VOA Mariluz Palma Colmenares, chefe do Comando com a Venezuela na Colômbia.

Palma disse que em seu país há "perseguição ao regime ditatorial de Maduro. Ele não aceita que eles perderam" e a "situação está se intensificando a cada dia".

Paola Pérez, uma venezuelana que se manifestou em Bogotá, disse que está protestando "pela verdade, pela liberdade. Para que a verdade venha à tona" e acrescentou que na Venezuela "aconteceu o que sempre aconteceu, que nos roubaram e tiraram nossos votos e desta vez não vão conseguir... A verdade é muito evidente."

Uma opinião com a qual concorda María Teresa García, que destacou que pedem que os direitos dos venezuelanos sejam "respeitados". "Toda a Venezuela disse que não há mais ditadura", enfatizou à VOA.

Fontes

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