21 de dezembro de 2021

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O governo de Nicolás Maduro na Venezuela mantém 180 militares presos, de acordo com um balanço apresentado pela organização não-governamental Justicia Venezolana.

A organização civil denunciou “as graves irregularidades sofridas pelos oficiais”, entre as quais destacou “uma administração criminal distante das garantias processuais mais básicas” e “condições precárias de detenção.”

A Justicia Venezolana detalhou o componente das Forças Armadas a que pertencem os militares: 72 da Guarda Nacional; 40 do Exército; 11 da Marinha; 10 da Aviação e 47 que classificaram “nenhuma informação”, devido à falta de detalhes sobre suas prisões.

A ONG também indicou que um total de 252 militares venezuelanos foram "processados por razões políticas" em 2021, 237 homens e 15 mulheres.

Lilia Camejo, diretora executiva da organização, disse que as autoridades responsáveis pelos processos militares, que devem garantir proteção ou atender "às condições mais elementares de detenção", fizeram "pouco ou nada" diante dos casos de presos militares este ano.

A ONG relatou a morte de pelo menos um prisioneiro político-militar, caso do general aposentado Raúl Isaías Baduel, ex-ministro da Defesa e uma das figuras mais confiáveis do ex-presidente Hugo Chávez Frías.

De acordo com o procurador-geral nomeado pela Assembleia Nacional Constituinte, Tarek William Saab, Baduel morreu em 12 de outubro de uma parada cardiorrespiratória em uma cela dos serviços de inteligência do país.

Segundo a Justicia Venezolana, 32 presos militares sofrem de patologias que não estão sendo tratadas, entre as quais destaca “condições associadas a condições inadequadas de confinamento”, como dor lombar, ombro e coluna.

Também menciona casos de icterícia (amarelamento da pele e membranas mucosas devido à alta concentração de bilirrubina no corpo), perda de visão e memória.

A pandemia trouxe consigo o agravamento das violações dos [direitos humanos]] contra os detidos militares na Venezuela por meio de isolamento extremo, “cuidados médicos precários” e restrições em suas visitas, diz o relatório.

Fontes