13 de março de 2022
O Vaticano finalmente decidiu neste sábado após a decisão do governo de Daniel Ortega de expulsar seu enviado a Manágua, o polonês Waldemar Stanislaw Sommmertag, e a classificou como “grave” e injustificada.
“A Santa Sé recebeu com surpresa e dor a comunicação de que o Governo da Nicarágua decidiu retirar a aprovação de Sua Eminência Monsenhor Waldemar Stanislaw Sommertag, impondo-lhe a saída imediata do país após notificação dele dessa medida”, diz o comunicado divulgado pelo Vaticano.
O núncio apostólico deixou a Nicarágua em 6 de março em meio a sigilo e informações pouco claras, no entanto, o presidente da Conferência Episcopal, Carlos Herrera, disse a um meio de comunicação local em Manágua, Canal 10, que as relações entre o governo e o diplomata “não eram boas.”
Sommmertag chegou à Nicarágua em maio de 2018, assim que os protestos contra o governo começaram, deixando mais de 300 mortos e milhares de feridos e exilados.
De fato, o enviado vaticano desempenhou um papel fundamental naquele momento na gestão da libertação de um grande grupo de presos políticos e serviu de interlocutor entre os opositores e o governo.
No entanto, após as manifestações aplacadas por Ortega com violência e prisões, as relações entre a Igreja Católica e o governo se deterioraram a ponto de o presidente classificar os líderes religiosos de “satânicos” e “golpistas.”
Fontes
- ((es)) El Vaticano lamenta la "injustificada" expulsión de su enviado a Nicaragua — Voz da América, 13 de março de 2022
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