29 de julho de 2005

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Depois de dialogar com Yolanda Pulecio, mãe de Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial seqüestrada em fevereiro de 2002 pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o governo colombiano manifestou estar disposto a iniciar uma negociação com o maior grupo insurgente do país, com o fim de conseguir a liberdade dos seqüestrados mediante um intercâmbio humanitário.

O Alto-Comissário para a Paz, Luis Carlos Restrepo, declarou: O Governo está disposto a sustentar um encontro direto com as FARC. Tenho instrução de reunir-me em qualquer lugar, o dia e a hora que estabeleçam, com as condições de segurança que lhes dêem confiança, com o acompanhamento nacional ou internacional que considerem. Por isso, esperamos que tenham um gesto de boa vontade para que se possa negociar.

Patricia Perdomo, representante dos familiares dos seqüestrados e filha da ex-congressista Consolo de Perdomo, também seqüestrada, afirmou que a atitude do governo "mostra que há vontade de avançar com o processo [de paz] e que acreditamos que ser possível conseguir o acordo humanitário". Por sua vez, Yolanda Pulecio disse: "o presidente disse que ele também pediu ao Comissionado de Paz que fosse acertado com as FARC um encontro para conseguir o acordo. Claro que quero fatos, não palavras, mas confio. Na reunião fui muito clara com o Presidente, pois estava mais de 10 meses esperando por isso, e de frente disse o que pensava, o que é fato público divulgado por diferentes meios de comunicação. Agora creio que existe uma possibilidade real e que esperamos que se concretize o mais rápido possível.

O anúncio fez-se conhecer poucas horas depois de uma frustrada tentativa de diálogo com a ELN, outro dos grupos insurgentes de esquerda.

Fontes

Nota: As categorias deste artigo foram atualizadas em 24 de agosto de 2006. Para maiores informações veja o histórico.