28 de abril de 2022
Os ministros de energia da União Europeia se reúnem na segunda-feira em Bruxelas, enquanto a Rússia ameaça ampliar os cortes de gás natural para mais países.
Na quarta-feira, a Rússia cortou o fornecimento de gás natural para os países membros da UE, Polônia e Bulgária, depois de alertar que os chamados "países hostis" teriam que pagar pelo gás em rublos.
A medida é vista como um esforço russo para sustentar sua moeda, já que a maioria de seus contratos de energia da UE são pagos em dólares ou euros.
Os membros da União Europeia responderam friamente ao aviso da Rússia.
“Não é surpresa que o Kremlin use combustíveis fósseis para tentar nos chantagear”, disse a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Isso é algo para o qual a Comissão Europeia vem se preparando em estreita coordenação e solidariedade com os Estados membros e parceiros internacionais. Nossa resposta será imediata, unida e coordenada.”
A ação russa ocorre no momento em que a Europa e outras nações ocidentais aumentam o apoio militar a Kiev e as sanções contra a Rússia por sua invasão da Ucrânia.
Os estados membros da UE já concordaram em eliminar gradualmente as importações de carvão russo. A Alemanha agora diz que também pode lidar com um possível embargo de petróleo russo – que o bloco está discutindo agora. Mas não há planos imediatos para cortar o gás russo.
Falando à TV francesa na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, cujo país atualmente ocupa a presidência rotativa da UE, disse que uma reunião de ministros de energia da UE na segunda-feira visa encontrar maneiras de ajudar a Polônia e a Bulgária a passar por um período difícil. Bruxelas também diz que um novo pacote de sanções russas é esperado em breve.
Por enquanto, a Polônia e a Bulgária são consideradas como tendo gás suficiente para suas necessidades – armazenado ou adquirido de outros membros da UE. Menos certo é o que acontece quando o clima mais frio chega – ou se a Rússia interrompe as exportações de energia para outros países, como Alemanha ou Itália.
Essa é uma preocupação expressa por Jens Fischer, do partido conservador União Democrata Cristã da Alemanha, em entrevista à TV France 24.
Outros políticos europeus também se preocupam com as consequências das sanções se a crise continuar. O preço de alguns produtos básicos – como o óleo de girassol de origem ucraniana – está subindo em lugares como a França, onde as recentes eleições presidenciais se concentraram em questões de custo de vida.
Fontes
- ((en)) EU to Meet on Energy, Preparing New Russia Sanctions — Voz da América, 28 de abril de 2022
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